A História de Contingências de Reforçamento (HCR) é entendida por Guilhardi (2013) como: “descrição de episódios, eventos sociais ou não, vivenciados pelo narrador (cliente), com a sistemática investigação e identificação por parte do terapeuta das funções comportamentais que tais eventos tiveram para a pessoa”; diferentemente de História de Vida, que traz apenas relatos dos episódios e eventos vivenciados pelo cliente. Por isso, a HC traz a função dos eventos que ocorreram, que é pela qual o psicoterapeuta trabalha. Por exemplo, um adolescente chega a terapia trazendo que os pais se separaram quando ele era criança; com esta informação não conseguimos analisar a função da separação.
A HC permite identificar a origem das funções do ambiente físico e social. A origem dos padrões comportamentais que prevalecem no repertório atual de comportamentos da pessoa.
Por que é preciso entender a HCR? Por que é preciso compreender se os eventos que o cliente viveu no passado tem relação com os comportamentos/sentimentos que ele vivencia atualmente.
Falando de amor… para aqueles que tiveram uma história de contingências amena, na qual prevaleceram interações reforçadoras positivas e atenção socioafetivo, o amor existe “para oferecer conforto”. Além disso quem viveu num ambiente acolhedor, que valoriza a conversa espontânea, que tolera indiferenças, adquiriu padrões de assertividade, comportamentos de tomar iniciativa, de apresentar variabilidade comportamental, de ter boa autoestima e boa confiança.
Já aqueles que tiveram uma História de Contingências coercitivas e aversivas, o amor “é repleto de conflito e de dor”. Então quem viveu num ambiente punitivo, coercitivo e agressivo adquiriu padrões de inassertividade, de sentir-se ansioso, de apresentar rigidez comportamental e ser inflexível, de sentir oprimido, ter baixa autoestima e baixa autoconfiança.

Amanda Sabatin Nunes (Especialista Clínica em Psicoterapia Comportamental (ITCR-Campinas) – CRP 136588/6

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