A cada dia, fico impressionado com a hipocrisia que impera em nossa sociedade. Deparamos com tantos comentários de pessoas esclarecidas que se dizem adeptas da moralidade enquanto usufruem de benesses dos segmentos que mais condenam. Ser coerente é realmente difícil, mas demonstrar mediocridade é desastroso. O lema do nosso tempo é fingir o que não é.
Ficar condenando e apontando o dedo para alguém e criticá-la, quando você sem pudor pratica ato semelhante, é como se esconder atrás de uma cortina de moralidade inexistente. Nesse raciocínio, o Papa Francisco alertou em uma homilia recente sobre o perigo de se vestir de santo, vivendo de maneira hipócrita, clama, portando, pela mudança de vida, e amemos mais nosso próximo.
Algumas atitudes que nos fazem hipócritas: estacionamos na vaga de idosos e deficientes, falsificamos carteiras de estudantes, sonegamos impostos, e ainda por cima condenamos os políticos corruptos criticando os desvios de verba pública. Qual a moral? Prega-se a igualdade entre os povos e não se vê ninguém doando parte de suas riquezas aos pobres?
A moda agora no nosso país e idolatrar e admirar idiotas, tanto por ideologia e interesse como por ignorância. Já está provado que a memória do brasileiro é curta, e que os perversos e malandros convertem-se em bons cordeiros da noite para o dia, de todos passam a acreditar novamente, esquecendo-se do seu histórico de vida. Tudo isso é o retrato do Brasil: cada dia vive dentro de nós a hipocrisia e nas mais diversas proporções. Somos responsáveis diretos do sistema que aí está, somos passivos e coniventes aos erros que muitas vezes não apontamos, mas sim, somos responsáveis pelo destino que nosso país se encontra e seguiu.
Por que isso? Somos humanos, somos eleitores e temos o voto como arma letal para mudar todo esse cenário que encontramos, o voto está nas nossas mãos, e cabe tão somente a nós, saber escolher.
O que nos resta é parar com tanta hipocrisia, e termos a responsabilidade de ajudar a alavancar esse país com dignidade de honradez.

  • OSMAR GABRIEL (Bancário aposentado e corretor de imóveis)

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