“A mulher é um ser de cabelos longos e pensamentos curtos.” (Schopenhauer). Mulheres, que seres humanos extraordinários, dotados de habilidades proveitosas. A mão de obra barata, o cuidado da casa como ninguém faz, e ainda por cima são obedientes aderindo e obedecendo às ordens dadas… Chega disso! Me recuso a começar o texto em que me posiciono contra o machismo enraizado na sociedade com apenas frases do senso comum e que terminam com meros argumentos condenando tal prática histórica.

Nessa perspectiva, palavras de repúdio e dados históricos já não são o suficiente para desmistificar essa “mentira” machista contada há tempos. É visível que ser a maior parcela da população brasileira constituindo mais do que 50% dos habitantes totais de acordo com o censo do IBGE, sendo 104.548.325 mulheres e 98.532.431 homens, não significa deixar de ser uma minoria, já que esse grupo social é desvalorizado em decorrência da cultura patriarcal que menospreza os direitos conquistados, tais como: a similaridade salarial em cargos e profissões iguais, como também, na mísera inclusão dessa parcela da sociedade em trabalhos de poder.

Em segunda e mesma perspectiva, nos dias atuais, a discrepância de salários entre homens e mulheres ainda é uma das batalhas a serem vencidas. Nesse cenário negativo, o fenômeno de segregação ocupacional caracterizado pela diferença de remuneração entre homens e mulheres está fortemente presente na vida de muitas delas, de modo que ao ocupar as mesmas funções, recebem valores inferiores ao de homens, aproximadamente 30% a menos, como informa o jornal G1. Desse modo, não somente a área financeira será a única prejudicada, como também a saúde mental que é afetada pelo desprezo salarial.

Ademais, os cargos governamentais de poder são constituídos principalmente por homens. Nesse panorama, a representatividade feminina é insatisfatória, se comparada a eles, ao pensar que discussões relacionadas à qualidade de vida feminina são tratadas majoritariamente por homens. Assim, nota-se hipocrisias administrativas considerando que 30% das candidaturas devem ser femininas. Comemorar a eleição, no Congresso Federal, de 17,7% de mulheres em 2022, é algo entristecedor, uma vez que, com visões diferentes de outros gêneros, perspectivas inovadoras e necessárias serão colocadas em pautas.

Por fim, creio em evoluções sociais, das quais são baseadas em reflexões constantes e atitudes de caráter justo e igualitário a todo e qualquer gênero, pois a mulher deve ser entendida e reconhecida como um ser pulsante e transformador e não apenas um objeto multifuncional.

Pedro de Oliveira Beloni

Pedro de Oliveira Beloni
(Aluno da 3ª série B, da E.E. Juvenal Giraldelli – Projeto interdisciplinar “Para além dos parabéns”)

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