No próximo dia 28 de agosto, será celebrado o Dia Nacional do Voluntariado, data esta instituída em nosso país pela Lei de nº 7.352, de agosto de 1985. As comemorações pretendem celebrar e destacar a contribuição de muitas pessoas por meio de seu trabalho em prol da sociedade. A participação dos voluntários ocorre quando doam seu tempo, trabalhos e dons, ações espontâneas de caráter social e comunitário, desenvolvidas sem remuneração, mas que supera qualquer valor que se possa imaginar.
Alguns anos após a instituição do Dia Nacional, a Lei nº 9.608, de 18 de fevereiro de 1998, trouxe amplamente a definição do que é o serviço voluntário: “Considera-se serviço voluntário, para os fins desta Lei, a atividade não remunerada prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza ou a instituição privada de fins não lucrativos que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência à pessoa.”
No ano de 2021 foi divulgada a Pesquisa Voluntariado no Brasil, que na sua terceira edição trouxe aspectos importantes e positivos. Os resultados apontaram que 56% da população adulta dizem realizar ou já ter feito alguma atividade voluntária na vida. Para comparação, em 2021, o percentual era de 25% da população, em 2001, eram apenas 18%.
Durante a pesquisa os participantes foram questionados sobre a satisfação com a atividade realizada, a nota em média chegou a 9,1 de 10. A solidariedade é a maior motivação para as atividades de voluntariado, que podem ocorrer também de outras formas como a doação de alimentos, roupas ou brinquedos.
No Brasil, historicamente os voluntários sempre tiveram um papel relevante no atendimento e na assistência aos mais necessitados, frente à ausência de políticas públicas efetivas e com a inspiração cristã, muitos projetos, irmandades religiosas desenvolvem importantes ações de acolhimento e dignidade, principalmente com crianças.
Modelo de doação e referência sobre o ser voluntário, a médica e sanitarista brasileira, Zilda Arns, em conjunto com Dom Geraldo Majella, fundaram em 1983, a Pastoral da Criança, que contribuiu para o combate da mortalidade infantil e gerando condições melhores de vida para as mães carentes em todo o país. A própria Dra. Zilda, afirmou que a Pastoral teve a solidariedade e a multiplicação do saber como ferramentas.
“Cada um realiza uma bela e importante missão na comunidade onde vive. É justamente essa missão de fé e vida que está transformando o país”, a frase de Dra. Zilda, destaca a rede de voluntariado criada pela Pastoral da Criança, que se tornou modelo conhecido mundialmente.
Durante a Jornada Mundial da Juventude, em agosto de 2023 em Lisboa, estiveram envolvidos aproximadamente 25 mil voluntários, que colaboraram na recepção de jovens de todo o mundo. Durante sua visita, Papa Francisco publicou em uma rede social: “Quem ama não fica de braços cruzados, quem ama serve, corre ao encontro dos outros para servi-los em nome de Jesus. Ama-se por meio das obras e amar nos faz felizes!”
Os mesmos ideais devem seguir nos motivando ainda hoje, existem muitas realidades que precisam e contam com a presença dos voluntários. Que esta colaboração possa ser de transformação mútua, gerando gestos de alegria, cuidado e amor.

Vitor Inácio Fernandes da Silva (Assessor de Comunicação da Diocese de Jales e Jornalista das Rádios Assunção e Regional FM)

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