A missão de reconstruir o jornalismo e a profissão de jornalista no Brasil não é tarefa fácil.

Dia 7 de abril, poderia ser comemorado o Dia do Jornalista mas há muito o que questionar ao invés de celebrar.

Na quinta-feira (4) a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (Abert) informou que o Brasil registrou 112 casos de violação às liberdades de imprensa e de expressão em 2023.

A informação consta do relatório “Violação à Liberdade de Expressão” e segundo a Abert, houve uma redução de 19% no número de casos em relação a 2022. Pelo menos é um avanço.

Uma lista elaborada pela entidade Repórteres Sem Fronteiras coloca o Brasil em 92º lugar no ranking mundial de liberdade de imprensa. Foram avaliados 180 países. Segundo o ranking, as nações mais bem avaliadas nesse quesito são: Noruega, Irlanda e Dinamarca. O final da lista, países em que as condições para a imprensa são muito graves, é composto exclusivamente por países asiáticos: Vietnã (178º lugar), China (179º lugar) e Coreia do Norte (180º lugar).

Por aqui ainda celebramos a capacidade de ousar, de lutar e de defender o Jornalismo e a profissão de jornalista, mesmo diante de um cenário de precarização da profissão, redução de salários, violência, disseminação da desinformação e destruição de direitos. Até quem vive de Jornalismo anda desmerecendo a classe e há quem dê mais valor a certos pseudo jornalistas do que a quem de verdade entende de comunicação.

É fato que muita coisa mudou e até a forma como as pessoas recebem notícia hoje em dia é diferente, mas a boa prática jornalística não pode se render a linhas mal traçadas de algumas telas digitais.
Mais do que nunca informar com responsabilidade deve ser prioridade, e as lutas da classe por regulamentação e atualização da normatização, com o surgimento de novas funções, devem estar em pauta.

Nós vamos continuar resistindo e existindo com o que de melhor temos para dar: informação verdadeira.

Jornalista não perde a esperança

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