A pergunta não é para ser respondida porque nem sempre precisamos ter um lado. Acontece que de alguns anos para cá a polarização tomou conta do país e é como se todo mundo tivesse que escolher uma banda da história.

Comprovando que o sentimento é verídico, um levantamento da Quaest Pesquisa e Consultoria divulgado nesta semana mostrou que 83% dos brasileiros percebem o país mais dividido, enquanto 13% acreditam que o Brasil está mais unido. Outros 4% não souberam ou não opinaram.

Ouvindo 2 mil pessoas com mais de 16 anos em 120 municípios no final de fevereiro, apesar da pequena amostra, a sensação é compartilhada onde quer que a gente ande e, se conseguíssemos não imprimi-la em âmbito municipal, seria muito bom para o desenvolvimento de Jales.

O sentimento de que o país está desunido subiu 19 pontos percentuais desde o último levantamento, realizado em outubro de 2023. No mesmo intervalo de tempo, a ideia contrária caiu 14 pontos percentuais.

Analisando os dados vemos que a região Sul é a que mais acredita que o país está desunido: 88% acreditam na divisão, enquanto 11% afirmam o contrário.

A região Nordeste, por sua vez, é onde menos se acredita na desunião, com 78% contra 17% para mais unido. Na sequência vem o Centro/Norte com 85% acreditando na polarização contra 10% que não sentem isso, e o Sudeste, com 83% contra 11%.

Enxergar o sentimento da população e tentar trazer isso para a mesa de negociação é atitude de bons gestores. Uma cidade como Jales que tem posição geográfica privilegiada, povo trabalhador e até potencial turístico, precisa aproveitar os bons ventos todas as vezes que eles soprarem.

E por falar em bons ventos, se uma sementinha de Instituto Federal caísse aqui, não seria nada mal. O governo Lula acabou de anunciar a construção de mais cem deles pelo país, mas Jales vai ter que continuar sonhando.

O IFSP de Votuporanga vai muito bem, obrigado. Está aí uma bandeira importante para ser levantada em 2024.

O lema batido, mas sempre oportuno, “a união faz a força” deveria ser modelo para as relações políticas/partidárias, pensando no bem comum.

De que lado estamos?

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