Vai demorar um tempo até nos acostumarmos com a ausência de uma pessoa que sempre esteve aqui.
O Deonel em grande medida representava o Jornal de Jales e Jales, uma referência, uma marca.
Mais do que um ótimo jornalista e entrevistador, o Deonel também era um conselheiro, em suas análises sobre a cidade, sobre o desenvolvimento regional, ele sempre teve muita clareza em diagnosticar a realidade e fazer prognósticos que nos norteavam.
Tive o privilégio de tê-lo por perto desde o meu primeiro mandato, ao me questionar, cobrar, elogiar, o Deonel me incentivava em fazer mais e melhor.
O menino que saiu de Olímpia, e veio para Jales defendendo o propósito de uma imprensa livre, independente, imparcial e zelosa no discernimento entre o que é fato e o que é opinião escreveu a história recente da cidade e de parte de seus habitantes, como jornalista e como protagonista de ações em defesa da saúde pública, da educação, do combate ao racismo, sendo o primeiro presidente do Conselho Municipal de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra.
E nesse trabalho diário e incansável de mais de 50 anos, um legado foi construído. A sua dedicação ao jornalismo só não era maior do que seu compromisso com Jales e esse ideal há de inspirar todos aqueles que tiveram o privilégio de aprender e de conviver com o Deonel Rosa Júnior.
Seus ensinamentos e sua memória ficarão para sempre.

  • Analice Fernandes (jalesense, enfermeira, deputada estadual em seu 6º mandato)

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