Uma pesquisa realizada por alunos da Fatec mostrou que 40% dos feirantes do Comboio trabalham na feira e em outros locais, duas vezes por semana e outros 32%, três vezes por semana. Destacou também que um grupo considerável de 20% se especializou na venda exclusiva de frutas, seguido pelo grupo que comercializa frutas e legumes (16%), pelo que se dedica à venda de frutas, verduras e legumes (12%) e pelo que indica uma variedade de produtos comercializados (12%). Mais produtos foram citados, em menor expressão, como garapa, sorvetes, salgados, vassouras, derivados do leite, entre outros.
A pesquisa foi feita pelas docentes Adriana Colombo e Marinalva Boldrin e estudantes do curso de Tecnologia em Agronegócio da Fatec no dia 21 de junho utilizando um formulário on-line composto de 18 questões para coletar dados relacionados a diversos aspectos, como produtos comercializados e sua origem, preços, promoções, satisfação quanto ao espaço, sugestões de melhorias, entre outros. Participaram do estudo 25 feirantes.
ORIGEM DOS PRODUTOS
Sobre a origem do que se comercializa, a maioria dos feirantes (48%) apontou para uma combinação de produtos produzidos por eles e adquiridos de terceiros, 36% disseram que compram e revendem os produtos e 16% afirmaram que todos os produtos comercializados são produzidos por eles ou por suas famílias.
A pesquisa revelou também que a maioria dos feirantes está satisfeita com o espaço físico da feira: 64% disseram estar “satisfeitos” e cerca de 20%, “totalmente satisfeitos”. Do total, 8% responderam “insatisfeitos” e nenhum se mostrou “totalmente insatisfeito”. Outros dados em menor expressão também foram registrados. A reforma e as melhorias no espaço físico foram bem recebidas por eles, de acordo com o estudo.
Sobre o que poderia ser melhorado para conquistar mais clientes, 20% dos feirantes responderam “ampliar a variedade de produtos oferecidos” e 16%, “realizar eventos temáticos ou atividades especiais para atrair visitantes” e “melhorar a divulgação e promoção dos produtos”. Outro aspecto apontado (12%) foi “aprimorar a organização e estética do espaço de exposição”.
FALTA DE MELHORIAS
Em um campo aberto a sugestões, citaram também a necessidade de corrigir irregularidades do piso e realizar melhorias nas ruas, para evitar a proximidade entre bancas concorrentes e garantir um espaço organizado para a circulação do público. Sugeriu-se também a criação de um balcão refrigerado para todos.
O estudo também abordou dificuldades encontradas pelos feirantes: falta de tempo para organizar a feira, alta concorrência por pontos para montar a banca, infraestrutura de estradas de acesso à feira (distância e condições), falta de cadastro de concorrentes, restrições de horários de venda, falta de acessibilidade e variedade de preços, entre outros.
A pesquisa é fruto de uma parceria entre a Fatec, o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural (CMDR) e a Prefeitura de Jales que contribuirá não somente para o desenvolvimento rural sustentável no município, mas para a formação do futuro gestor da área, o tecnólogo em agronegócio, que se prepara para os desafios e oportunidades do setor.
