Brasil tem maior carga tributária para o setor no mundo; associação diz que a cada R$1 gasto com alimentação de animais, R$0,50 é de impostos
Ter um bichinho em casa tem diversos benefícios e traz muita alegria para os tutores, mas também tem ficado cada vez mais caro. Os números mostram que a carga tributária brasileira para o setor é a maior do mundo e, mesmo assim, o faturamento cresce ano a ano: o setor encerrou 2022 com um faturamento de R$ 41,9 bilhões, crescimento de 17,2% sobre o ano de 2021.
Em relação ao peso no bolso das famílias brasileiras que têm pet, uma se destaca: a alimentação dos animaizinhos. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), para cada R$1 gasto com alimentação de pets, R$0,50 é de impostos. Essa faixa é a mesma do que é cobrado para itens como bebidas e cigarros.
Os altos valores da comida para os pets preocupam protetores de animais e renderam até um abaixo-assinado. “A alta carga tributária, além de afetar a qualidade de vida de nossos pets, também contribui para o abandono de animais e aumentam a resistência da adoção, afinal, muitas pessoas acabam desistindo de adotar um pet por conta dos altos custos”, diz em comunicado a equipe do Delegado Bruno Lima, deputado estadual (PP) e defensor da causa animal.
Segundo censo do Instituto Pet Brasil (IPB) de 2021, o Brasil contabilizou 149,6 milhões de animais de estimação naquele ano, sendo o terceiro país em número de animais domésticos – ou seja, cerca de 70% da população tem um pet em casa.

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